quinta-feira, 25 de novembro de 2010

PROTESTO CONTRA O ENEM NA UFPA

Tarde de protestos na UFPa

Edição de 25/11/2010 
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Alunos se manifestam contra a vinculação do resultado do ENEM ao processo seletivo da Universidade

Até que seja tomada alguma decisão, em âmbito nacional, de anular a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), essa avaliação permanece válida como a primeira parte do Processo Seletivo 2011 da Universidade Federal do Pará (Ufpa). A informação foi dada pelo reitor em exercício da universidade, Horácio Schneider, em reunião com uma comissão de estudantes secundaristas, na Reitoria da UFPA, ontem à tarde. Os alunos fizeram uma manifestação de protesto contra a vinculação do resultado do Enem ao processo seletivo da Ufpa.

A negociação entre o reitor e os estudantes foi tranquila, mas a concentração de cerca de 100 alunos no hall de entrada da Reitoria terminou em tumulto: o estudante Anderson Castro, coordenador geral do Diretório Central dos Estudantes da UFPA (DCE) desmaiou, porque teria sido agredido por um segurança da universidade, segundo relato da estudante Carol Ribeiro, também do DCE-UFPA. Anderson foi atendido no Pronto Socorro do Guamá. Um vidro da porta central do prédio da Reitoria foi quebrado durante a manifestação.

A Ufpa informou que, como se realizava no prédio da Reitoria uma reunião do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade (Consepe), alguns estudantes passaram a cobrar, de conselheiros que deixavam o prédio, assinaturas convocando uma reunião extraordinária do Conselho para apreciar a desvinculação do Enem, como proposto por Samanta Caldas, do Coletivo "Vamos à Luta", na reunião.

Tensão - A manifestação dos estudantes secundaristas começou por volta das 16h, quando eles saíram em passeata da área do Terminal Rodoviário da Ufpa, na avenida Perimetral, seguindo até o prédio-sede da Reitoria da instituição. Uma comissão de estudantes foi, então, negociar com o reitor em exercício, ao lado do assessor da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação, professor Mauro Magalhães, e do pró-reitor de Extensão, professor Fernando Arthur Neves.

Na reunião, Horácio Schneider ressaltou que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) já tornou público que um novo exame será aplicado aos estudantes que fizeram a prova amarela, no dia 15 de novembro, e que, portanto, o Enem permanece válido. O estudante Leonardo Reis afirmou ser injusto que apenas uma parcela do total de 4 milhões de estudantes no Enem faça uma nova prova, porque teriam uma nova chance de aprovação. O reitor afirmou que a decisão da universidade adotar o Enem foi tomada mediante consulta ao Consepe, integrado, inclusive, por representantes da classe estudantil, e só esse Conselho pode decidir ou não pela desvinculação do processo seletivo da UFPA ao exame.

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