terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Retrospectiva das lutas de 2011




Não a como esquecer o ano de 2011, o mundo virou de ponta a cabeça foram revoluções eclodindo no Oriente Médio e ao norte da África a derrubada de ditadura de Osnir Mubarac que perdurava a mais de 30 anos no Egito, que deu início à primavera Árabe que até agora vem questionando governos ditatoriais em vários países daquela região. Não podemos esquecer igualmente o velho continente a Europa que foi balançada pela crise econômica mundial, e fez a classe trabalhadora de países como Grécia, Espanha, Portugal e Itália realizar greves gerais que ficaram marcadas na história da classe trabalhadora mundial, as quais diziam que "Os ricos paguem pela crise"

Iniciamos esse texto fazendo um breve relato da conjuntura internacional porque acreditamos que a luta por uma educação pública, gratuita e de qualidade perpassa na mesma luta da classe trabalhadora por uma mudança social, tanto que os ataques que o governo Lula e agora Dilma ambos do PT implementa no Brasil são os mesmos que Sebastian Pinheira tem feito no Chile, a qual resta somente 30% de educação pública, sendo o restante de caráter privado. E foi por essa realidade que a juventude chilena foi as ruas da capital Santiago com mais de 50 mil pessoas exigirem do governo que a educação não seja mais um instrumento mercadológico e lucrativo, mas que seja uma ferramenta de soberania e autonomia daquele povo. A juventude colombiana fez do dia 24 de novembro uma data pela luta da educação pública, gratuita e de qualidade. São esses exemplos que nos anima a lutar, pois os ventos que sobraram do Oriente Médio já chegaram à Europa e em alguns países da América Latina.

O Brasil diferentemente desses lugares tem experimentado uma economia estável e, além disso, tem a frente do governo um partido social-democrata, a qual faz frear as lutas sociais no país, principalmente depois da cooptação da União Nacional dos Estudantes (UNE) que só ano passado recebeu 30 milhões de reais e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) a qual anteriormente eram instrumentos de defesa da população em suas respectivas áreas educacional e sindical. E infelizmente esse tipo de governo muita das vezes ainda é defendido por algumas pessoas como uma alternativa de esquerda ou um governo em disputa. Apesar dessa realidade o Brasil vivenciou uma onda de greves em todo país a luta do setor público como os técnicos de IFES, Polícia Militar e Civil, Bombeiros e professores mostra a força dessa classe que bravamente travaram uma feroz batalha com esse governo sendo que o judiciário teve que intervir e desmobilizar as greves. Nas universidades estudantes juntamente com professores fizeram paralisações e ocuparam reitorias por todo Brasil. As paralisações nos canteiros da obra do PAC como em jirau fez surgir a "tsunami de peão", em Belém mais de 10 mil trabalhadores da construção civil ocuparam as principais avenidas daquela cidade exigindo um reajuste salarial e melhoria na condição de trabalho, colocando em xeque a estabilidade do governo.

De fato a ano de 2011 foi o marco das mobilizações dos trabalhadores e da juventude em todo o mundo, em Marabá tivemos um ano de muita luta travada em direito do estudante e de outros setores sociais, indo além dos muros da universidade sem esquecer jamais da luta estudantil e tornando realidade a Aliança Operária, Camponesa e Estudantil. Veja nossas lutas:

·        Lutas pelo Restaurante universitário e assistência estudantil através de grandes atos quando da visita do reitor (sopões);
·        Realização de um vitorioso Encontro da Interiorização que potencializou os outros DA´s do interior do Pará;
·        Conquista de um novo espaço para o DAJR;
·         Encaminhamento do plebiscito pelos 10% do PIB para educação;
·        Participação do fórum de debates sobre a constituição da nova universidade;
·        Participação de atos em conjunto com professores da ufpa, do estado e do município pelo direito as melhores condição de trabalho e educação;
·        Realização de calouradas com participação expressiva dos estudantes em todas as noites;
·        Presença no acampamento da juventude na semana do ABRIL VERMELHO em alusão ao massacre de Eldorado dos Carajás;
·         Apoio e construção de ato juntamente com secundaristas pedindo a entrega imediata da reforma da escola estadual do bairro São Felix;
·         Apoio nas greves dos correios, bancários e professores estaduais;
·        Apoio aos estudantes de agronomia na participação do CONEA;
·        Emissão de carteiras de meia entrada cultural;
·        Debates de cunho político, sobre movimento estudantil, reforma educacional, dentre outros;
·        Luta pela construção de uma quadra poliesportiva no campus;
·        Apoio e participação na realização da Parada Gay e a festa boka xica;
·        Participação do 1º Congresso da ANEL com uma caravana de 23 estudantes;
·       Contribuição na difusão cultural no campus colaborando na realização do SERANATA.
 
O ano que se inicia será de muita luta em Marabá já vivemos a eminência da implantação da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA) e precisamos mais do que nunca disputar a concepção de expansão universitária e não deixar acontecer uma expansão inconseqüente como na UFOPA. E não fugindo de uma visão internacionalista a crise mundial tem se agravado ainda mais, países como Estados Unidos já vivencia onda de greves o mesmo modo é a China, logo o Brasil também sentirá na pele a crise mundial, tanto que o crescimento do país passa por uma estagnação como aponta o IBGE, novos momentos virão e a experiência que tivemos em 2011 nos possibilita a estar preparados a enfrentar e exigir melhoria para educação e dar seqüência a um DAJR de luta, combativo e ao lado do estudante. Agradecemos a cada estudante que possibilitou que essas lutas fossem realidade e que ficassem como parte da história do Movimento Estudantil marabaense.

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